Porsches, Bentleys, Audi e Lamborghini vão para o fundo do mar
O cargueiro Felicity Ace afundou no Oceano Atlântico na manhã de terça-feira (1 de março) a cerca de 170 quilómetros a sul da Ilha do Faial. O navio foi rebocado depois que pegou fogo em alto mar no dia 16 de fevereiro, quando estava a caminho da Alemanha para os Estados Unidos.
O navio perdeu sua estabilidade durante o reboque e acabou indo pro fundo do mar, a uma profundidade de cerca de 3.000 metros. No total, o navio transportou cerca de 4.000 veículos, incluindo marcas como Porsche, Bentley, Audi e Lamborghini.
Além dos destroços, o navio deixou resíduos de petróleo no mar, que foram dispersos por jatos d’água. No entanto, os derramamentos continuam sendo uma preocupação para grupos ambientalistas porque o material libera toxinas no oceano.
O navio começou a ser rebocado a 25 de fevereiro mas, segundo a marinha portuguesa, “perdeu a estabilidade” e acabou por afundar a 46 quilómetros da fronteira da zona económica exclusiva de Portugal, que abrange uma área de cerca de 3.000 metros de profundidade.
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Como o fogo começou?

Com bandeira panamenha, deixou Emden, na Alemanha, rumo ao porto norte-americano de Davisville, Rhode Island. O Felicity Ace, um cargueiro do tamanho de três campos de futebol, emitiu seu primeiro sinal de alerta na manhã de quarta-feira, relatando um incêndio.
De acordo com a Marinha Portuguesa, 22 tripulantes deixaram o navio e não necessitaram de cuidados médicos. Felicity Ace partiu da Alemanha para um porto em Rhode Island, EUA, mas encontrou problemas antes de chegar ao seu destino.
As montadoras estão passando por um momento difícil, pois lidam com uma escassez global de semicondutores que levou a preços mais altos de veículos e vendas mais baixas no setor.
Especialistas do setor e analistas da empresa de análise de risco Skytec estimaram que as perdas atingiram o nível de 441 milhões de euros, além do valor do navio de 21,6 milhões de euros. Em conversão direta o valor gira em torno de 2,5 bilhões de reais e 124 milhões de reais respectivamente.
A carga de 3.965 veículos é composta por 1.100 modelos da Porsche, 189 da Bentley, 100 da Volkswagen e demais unidades divididas entre Audi e Lamborghini. Automóveis estes que iriam principalmente para os Estados Unidos agora estão todos no fundo do mar.
Alguns relatos sobre possíveis ataques terroristas foram argumentados, porém, sem muito fundamento. Equipes especializadas das empresas irão realizar testes para apurar mais a fundo o caso.
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