Carros que fracassaram no Brasil e foram esquecidos!
Carros icônicos e internacionalmente reconhecidos muitas vezes chegam ao Brasil com altas expectativas, mas nem sempre têm a mesma sorte em território nacional.
Alguns modelos se tornam verdadeiros fracassos retumbantes, seja por não agradarem ao público local, pela má fama que carregam ou até mesmo pelo puro preconceito dos consumidores. A realidade é que esses cinco carros, vendidos no Brasil em algum momento, foram verdadeiros fiascos comerciais e pouca gente se lembra que eles um dia existiram por aqui.
Muitos podem até considerar o Chevrolet Agile, o Fiat Marea e o Toyota Etios como pertencentes a essa lista de fracassos. No entanto, apesar das críticas que receberam, os três modelos tiveram um desempenho razoável em vendas quando estavam no mercado brasileiro. Vale ressaltar também que o Etios e o Agile permitiram às suas respectivas marcas financiar o desenvolvimento de modelos mais importantes, por isso não os incluímos nesta lista.

O primeiro carro que vamos mencionar é o Fiat Linea. Lançado em setembro de 2008, tinha a missão de substituir o Fiat Marea. Seu antecessor era um sedã médio com porte avantajado para a categoria e um acabamento esmerado. No entanto, o Linea não conseguiu alcançar as expectativas: era um sedã compacto esticado derivado do Punto, o que foi insuficiente para competir com modelos como Volkswagen Virtus ou Nissan Versa. Ele não tinha o necessário para enfrentar adversários de peso como Chevrolet Vectra, Toyota Corolla e Honda Civic, como prometia.
Além disso, o Linea não contava com uma transmissão automática de verdade, o que já era um ponto negativo desde o início. A Fiat tentou contornar a situação oferecendo uma opção com câmbio automatizado Dualogic, mas isso só fez com que o modelo se tornasse um coadjuvante na categoria, algo que carros como Tempra e Marea nunca foram. Tanto que, devido ao fracasso do Linea, a marca italiana desistiu de produzir sedãs médios no Brasil e partiu para a fabricação de SUVs cupê, como o Fastback.

Falando em Fiat Fastback, vamos abordar agora o caso do Ford Focus Fastback. Em 2015, quando a terceira geração do Focus passou por uma reestilização, a Ford decidiu trocar o nome do sedã pelo termo Fastback. A intenção era evocar o lado mais esportivo do modelo e tentar conquistar espaço no reinado do Toyota Corolla. No entanto, essa estratégia não funcionou, nem mesmo o nome pegou – tanto que a Fiat usa essa denominação para seu SUV e ninguém associa ao Focus Fastback… quer dizer, Focus Sedan.
A traseira continuou sendo a de um sedã tradicional, sem qualquer modificação para se tornar um verdadeiro fastback. Além disso, a Ford investiu pouco em propagandas para o modelo, que acabou ficando escondido nas revendas da marca (quando aparecia). O resultado foi que os consumidores ainda preferiam o Corolla. O interior apertado foi outro ponto negativo, algo que se repete em alguns carros dessa lista. Além disso, o problemático câmbio PowerShift não ajudou em nada a vida do Focus Fastback, que tinha potencial para ser um ótimo carro para dirigir.

Outro modelo que foi um verdadeiro fracasso no mercado brasileiro foi a primeira geração do Mercedes-Benz Classe A. Com um design que combinava características de minivan com o tamanho de um hatch compacto, o modelo não conseguiu atrair os consumidores brasileiros, mesmo com a estrela de três pontas na grade frontal. Mesmo oferecendo mais tecnologia e equipamentos do que muitos carros maiores da época, ele não conseguiu fazer com que as pessoas trocassem um Chevrolet Vectra por um Mercedes popular.
Para piorar a situação, o Classe A teve que enfrentar uma má fama nos primeiros anos devido a um teste de segurança desastroso na Europa conhecido como “teste do alce”. Embora o problema tenha sido corrigido com a implementação de novos sistemas eletrônicos antes de chegar ao Brasil, o estrago já estava feito.

O Renault Symbol é outro modelo que pouca gente se lembra que existiu. Lançado em 2009 como uma reformulação do Renault Clio Sedan, o Symbol tinha como objetivo ser mais sofisticado e possuir um acabamento melhor em comparação com seu irmão Logan. No entanto, o fracasso foi tão grande que pouquíssimas pessoas têm lembranças desse carro.
Apesar de apresentar melhorias no acabamento e na dirigibilidade em relação ao Logan, o Symbol ainda ficava aquém do irmão mais novo em alguns quesitos. O espaço interno era bastante apertado e o visual polêmico, principalmente devido aos faróis gigantescos. O modelo acabou sendo substituído por novas versões do Logan. Curiosamente, o nome Symbol foi adotado pelo Logan em alguns mercados.

A Peugeot decidiu quebrar um paradigma ao lançar uma picape compacta no Brasil em 2009, a Hoggar. Baseada no icônico Peugeot 206, que passou por uma reestilização e foi renomeado como 207, a Hoggar tinha um visual bem resolvido, um bom acabamento e uma caçamba enorme – na época, a maior da categoria. No entanto, ela não conseguiu conquistar os consumidores brasileiros e sempre teve vendas fracas.
O principal ponto negativo da Hoggar era o interior extremamente apertado, algo que já era uma característica do Peugeot 206. Além disso, a marca francesa passava por um momento conturbado no Brasil, com má fama em relação ao pós-venda, algo fundamental para o segmento comercial e que já foi resolvido nos dias atuais.
E você, lembra ou já teve algum desses carros fracassados? Compartilhe sua experiência nos comentários!
Referência: Auto+