Como é feito o teste de autonomia dos carros?
Uma dúvida comum entre consumidores ao adquirir um veículo é sobre sua autonomia: quantos quilômetros ele consegue percorrer com o tanque cheio ou a bateria 100% carregada? No entanto, poucos sabem que existem diferentes testes para medir essa capacidade. Vamos explorar alguns dos principais métodos utilizados.
Guia do Conteúdo
NEDC (Novo Ciclo de Condução Europeu)
O New European Driving Cycle (NEDC) foi o primeiro teste de autonomia de veículos e surgiu na década de 1980, com sua última atualização significativa em 1997. Segundo o portal Auto Esporte, este método é considerado o menos preciso atualmente devido à sua metodologia ultrapassada.
O NEDC realiza os testes exclusivamente em laboratório, sem considerar os desafios do mundo real. Esse ciclo foi amplamente utilizado até 2017, quando foi substituído pelo WLTP.

WLTP (Procedimento Mundial Harmonizado para Testes de Veículos Leves)
O Worldwide Harmonised Light Vehicle Test Procedure (WLTP) é o sucessor do NEDC e foi desenvolvido em um contexto tecnológico mais avançado. Este método combina testes laboratoriais com avaliações em condições reais, como ruas e estradas, oferecendo resultados mais próximos da realidade.
De acordo com o portal Canal VE, o WLTP realiza um teste dinâmico de aproximadamente 30 minutos, duplicando a distância percorrida e variando as fases dos testes. Além disso, considera a temperatura ambiente mais realista, velocidades variadas e equipamentos de série do modelo testado. Essas características tornaram os resultados mais confiáveis e próximos das experiências dos consumidores.
EPA (Agência de Proteção Ambiental dos EUA)
Nos Estados Unidos, o método mais utilizado é o da Agência de Proteção Ambiental (EPA). Este ciclo é conhecido por sua rigidez e detalhamento, focando principalmente em testes realizados em rodovias, refletindo o padrão de uso dos norte-americanos.
Os pesquisadores da EPA são minuciosos e realizam análises extensivas para garantir a precisão dos dados obtidos.
PBEV (Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular)
No Brasil, o Inmetro divulga os dados de consumo e eficiência energética através do Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular (PBEV). Este método é mais rigoroso e possui uma abordagem única para avaliar a economia dos veículos eletrificados ou não.
Conforme explicado pelo portal Auto Papo, o PBEV utiliza a unidade megajoule (MJ) por quilômetro rodado para medir o consumo energético. Este método leva em consideração fatores específicos do trânsito brasileiro, condições climáticas e tipográficas, além do peso e detalhes do carro. Como resultado, os números apresentados pelo ciclo brasileiro tendem a ser inferiores aos divulgados pelas fabricantes.