Governo deve anunciar fim da isenção de importação para carros elétricos; Veja quem será afetado!
Governo Federal anunciará fim da isenção de imposto de importação para carros elétricos e híbridos.
Segundo informações da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), o governo federal tem planos de encerrar a isenção de imposto de importação para carros elétricos e híbridos ainda neste mês. A principal razão para essa medida é a crescente invasão de veículos eletrificados chineses, que tem preocupado as montadoras estabelecidas no país, ainda focadas em modelos a combustão.
Além disso, juntamente com o anúncio do fim da isenção gradual ao longo dos próximos três anos, o governo também irá publicar as normas da segunda fase do Rota 2030. Essas normas têm como objetivo tornar as regras de emissões e eficiência dos veículos novos mais restritivas.
A isenção do imposto de importação foi anunciada há cinco anos com o intuito de incentivar a vinda de novas tecnologias de propulsão mais limpas. No entanto, não havia uma data definida para o término dessa isenção.
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Venda de elétricos crescem, e chineses dominam
Nesse contexto, é importante destacar que as vendas de carros elétricos, híbridos e híbridos plug-in no Brasil atingiram um novo recorde em agosto de 2023. Foram emplacados 9.351 veículos, representando um aumento de 25% em relação ao recorde anterior registrado em julho e um crescimento de 120% em comparação com agosto do ano passado, conforme levantamento mensal realizado pela Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE).
Com isso, o mercado nacional de veículos eletrificados continua em acelerado crescimento, aproximando-se da marca de 10.000 unidades mensais. Para efeito de comparação, nos primeiros oito meses deste ano, foram emplacados 49.052 veículos elétricos leves, praticamente igualando o total registrado no ano passado (49.245).
Carros chineses ameaçam o mercado interno, diz o presidente da Anfavea
Apesar desse avanço consistente, é importante ressaltar que esse segmento ainda representa menos de 5% do mercado total de veículos no país. No entanto, as montadoras estabelecidas já estão olhando para o futuro e enxergam uma ameaça crescente diante do dinamismo dos novos players chineses, especialmente marcas como BYD e GWM, que conquistaram rapidamente o mercado de carros elétricos e híbridos no país.
O presidente da Anfavea, Márcio Leite, mencionou uma invasão de produtos asiáticos, principalmente da China, na América Latina. No entanto, o executivo afirmou que não tem nada contra os chineses ou asiáticos em geral. Ele explicou que o setor automotivo defende o retorno do imposto de importação de 35% para os veículos elétricos e híbridos, assim como já acontece para os modelos a combustão.
Leite informou que está prevista uma reunião em 11 de setembro no Ministério do Desenvolvimento e a expectativa é que a nova fase do Rota 2030 seja publicada no mês de setembro, possivelmente coincidindo com a questão do imposto de importação.
O presidente da Anfavea também divulgou que, devido a essa renúncia fiscal, o país deixou de arrecadar cerca de R$ 2 bilhões somente este ano, sendo R$ 1,1 bilhão referente a veículos importados da China.
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