Junta do cabeçote queimado: Veja sinais que e como identificar!
A junta do cabeçote é uma peça fundamental no motor de um automóvel, responsável por vedar a conexão entre o bloco e o cabeçote. Ela evita vazamentos de fluidos, como óleo lubrificante e líquido de arrefecimento, além de manter a compressão da mistura ar/combustível nas câmaras de combustão.
No entanto, é comum que essa peça sofra desgaste ao longo do tempo, principalmente devido ao funcionamento contínuo do motor em temperaturas extremas. A queima da junta do cabeçote é um problema que ocorre gradualmente e pode ser identificado por diversos sinais.
Segundo Marlon Silva, coordenador técnico da Takao, fabricante de componentes para motor, existem alguns sintomas que podem indicar que a junta do cabeçote está com problemas. Um dos sinais mais evidentes é a perda de potência do automóvel. Isso ocorre porque a peça não consegue manter a compressão adequada nos cilindros, afetando diretamente a queima de combustível.
Além disso, o aumento no consumo de combustível pode ser um indício de que a junta do cabeçote está queimada. Isso acontece devido à perda de eficiência na vedação, o que facilita vazamentos de lubrificante e líquido de arrefecimento para as câmaras de combustão.
Outro sinal importante é o consumo excessivo de óleo lubrificante. Quando a junta do cabeçote está danificada, os fluidos podem se misturar na câmara de combustão, resultando em um aumento no consumo de óleo e no risco de danos às partes do motor pela falta de lubrificação adequada.
A emissão de fumaça branca pelo escapamento também pode ser um sintoma da queima da junta do cabeçote. No entanto, é importante estar atento, pois em alguns casos o catalisador pode mascarar esses sinais. Caso a fumaça se torne muito visível e haja um odor forte e diferente exalado pelo sistema de exaustão, é recomendado levar o carro rapidamente a uma oficina mecânica.
Vazamentos de líquido de arrefecimento e lubrificante também são indícios de que a junta do cabeçote está com problemas. É importante verificar regularmente o nível do fluido do sistema de resfriamento e observar sinais de óleo no radiador e em partes do motor. Além disso, preste atenção a possíveis poças de óleo no chão após sair com o carro de alguma vaga fixa.
A contaminação do óleo do motor é outro problema que pode ocorrer quando a junta do cabeçote está danificada. A entrada do líquido de arrefecimento contamina o óleo, comprometendo a lubrificação adequada das partes metálicas do motor. Se o óleo apresentar uma aparência leitosa e uma cor meio café com leite ao verificar a vareta do cárter, isso indica uma contaminação séria.
Para identificar problemas na junta do cabeçote, é possível realizar alguns testes. Um deles é o teste de pressão do líquido de arrefecimento, que consiste em ligar o motor por 10 minutos à noite com o reservatório completo e, na manhã seguinte, verificar se há acúmulos ou manchas de fluido no conjunto.
Outra opção é realizar uma verificação mais técnica com um boroscópio. Esse equipamento utiliza uma microcâmera para verificar a presença de fluido na câmara de admissão após a injeção de ar comprimido.
Para evitar problemas na junta do cabeçote, é fundamental realizar manutenções preventivas regulares no veículo, a cada 10 mil km ou pelo menos uma vez ao ano. Além disso, é recomendado utilizar peças originais e seguir as especificações indicadas pela fabricante do automóvel em relação ao óleo lubrificante e aos fluidos utilizados.
Agora que você já sabe como identificar e evitar problemas na junta do cabeçote do seu automóvel, fique atento aos sinais mencionados e não deixe de realizar as manutenções adequadas. Assim, você garantirá o bom funcionamento do motor e evitará danos em outras partes do veículo.
Fonte: Autopapo