Erros ao usar o “N” e “P” no carro automático!
O câmbio automático está cada vez mais presente nos carros novos no Brasil, confira os principais erros ao usar o câmbio!
O câmbio automático está cada vez mais presente nos carros novos vendidos no Brasil. Para muitos condutores que passaram a maior parte da vida guiando veículos manuais, é uma novidade que traz mais conforto ao volante. No entanto, a transmissão automática tem seus macetes, e erros facilmente evitáveis podem causar danos graves no longo prazo, cujo reparo pode custar uma fortuna.
Por isso, é importante seguir algumas dicas para evitar barbeiragens que vão encher o bolso do seu mecânico no futuro. Consultamos especialistas em automóveis para trazer as principais orientações para condutores iniciantes no mundo dos carros automáticos. Confira abaixo cinco exemplos de erros comuns e como fazê-los do jeito certo.
Guia do Conteúdo
1. Selecionar a marcha errada durante a manobra
Ao manobrar na pressa, é comum selecionar a opção “R” (ré) com o veículo ainda se movimentando para a frente. Ou acionar “P” (estacionamento), que trava as rodas motrizes, antes de o carro parar completamente. É importante esperar o carro parar completamente para selecionar a marcha correta e evitar danos na transmissão.
2. Deixar o câmbio em ponto morto durante a parada
Motoristas acostumados com veículos manuais têm o hábito de colocar o câmbio em ponto morto ao parar no semáforo ou em congestionamentos. A prática está correta, pois assim o condutor deixa de manter o pedal da embreagem pressionado durante a parada, preservando o componente. No entanto, é importante lembrar que a função “N” (neutro) foi criada para situações de manutenção, quando é preciso rebocar o veículo ou movimentá-lo com o motor desligado, liberando as rodas de tração.
3. Usar a marcha lenta ou a aceleração para “segurar” o carro em aclives
Um erro comum em carros manuais é manter o veículo parado no aclive dosando os pedais da embreagem e do acelerador. A prática detona a embreagem e, se for recorrente, fará com que o item tenha de ser trocado prematuramente. Automóveis automáticos também são capazes de permanecer parados na lomba sem a necessidade de o condutor acionar os freios: dependendo da inclinação da via, a marcha lenta já é suficiente para “segurar” o carro.
Em outros casos, basta colocar uma leve pressão no pedal do acelerador para isso acontecer. No entanto, é importante lembrar que essa prática esquenta o óleo da transmissão e aumenta o consumo de combustível desnecessariamente. É recomendado manter o pé no freio sempre que o carro estiver parado, como em semáforos, independentemente da inclinação da via.
4. Fazer o motor pegar “no tranco” em caso de bateria arriada
Em veículos equipados com câmbio manual, a saída é fazer o motor pegar “no tranco”, ou seja: virar a chave de ignição, engatar a segunda marcha, “embalar” o carro e soltar suavemente o pedal de embreagem.
No entanto, essa tática não está livre de riscos, especialmente se a correia dentada se romper: nesse caso, a possibilidade de danificar uma ou mais válvulas é grande. Em carros automáticos, a orientação é posicionar o seletor em “N” e colocar em “D” ou “2” quando o veículo atingir uma velocidade de aproximadamente 20 km/h. Com isso, o motor deve ligar sem maiores problemas.
5. Não fazer a troca de óleo na frequência recomendada
Transmissão automática tem engrenagens e outras peças que precisam estar bem lubrificadas, da mesma forma como acontece em veículos manuais. As especificações e os prazos para a troca do fluido são indicados no manual do veículo e devem ser respeitados.
O serviço, inclusive, pode ser antecipado, dependendo das condições de uso do automóvel. O óleo pode receber algum tipo de contaminação por agentes externos, o que reduz a sua eficiência. Problemas com o óleo apresentam sintomas comuns, como trancos na troca de marchas. A transmissão também pode “patinar”, ou seja, ao acelerar o carro demora alguns instantes para tracionar as rodas.