Saiba quanto encher o tanque de gasolina consumiu da renda das famílias brasileiras no trimestre
No segundo trimestre deste ano, o custo para encher o tanque de gasolina representou, em média, 6,5% da renda das famílias brasileiras.
Essa é a conclusão do Indicador de Poder de Compra de Combustíveis, elaborado pela Fipe com base em dados da PNAD Contínua (IBGE). Esse indicador mede a proporção da renda mensal necessária para abastecer um tanque de 55 litros com gasolina comum no trimestre analisado.
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Quanto custou para encher o tanque de acordo com os estados
Os resultados revelaram importantes diferenças regionais no peso dos combustíveis no orçamento dos brasileiros. No Nordeste, por exemplo, o percentual chegou a 10,6%, sendo que Maranhão (12,1%), Alagoas (11,7%) e Bahia (11,3%) lideraram a lista dos estados onde o custo do abastecimento impactou mais na renda domiciliar.
Em contrapartida, as regiões Sudeste e Centro-Oeste apresentaram os menores percentuais: apenas 5,3% da renda domiciliar foi destinada ao abastecimento de gasolina no segundo trimestre de 2023. Destaca-se o Distrito Federal com um percentual ainda menor, de apenas 3,5%. São Paulo (4,8%), Santa Catarina (5,3%) e Rio Grande do Sul (5,4%) também se destacaram como estados com menor impacto no orçamento das famílias.

Comparando as capitais, observou-se que os percentuais foram menores devido ao maior nível de renda. Porto Velho (RO) liderou o ranking, com 9,0%, seguida por Rio Branco (AC), com média de 7,6%, e Manaus (AM), com 8,3%. Já as capitais onde o custo do abastecimento foi menor foram Florianópolis (3,3%), São Paulo (3,5%), Brasília (3,5%) e Rio de Janeiro (3,5%). Em média, nas capitais brasileiras, o abastecimento de um tanque de gasolina representou 4,2% da renda domiciliar mensal.
Esses percentuais mais baixos nas grandes cidades podem ser explicados pelo maior consumo e frequência de abastecimentos necessários em um mês. Além disso, fatores como a dependência dos veículos para deslocamento, maiores distâncias percorridas, congestionamentos e características dos veículos também influenciam no gasto com combustíveis.
Diferença nos preços dos combustíveis
Os dados de agosto revelaram aumentos nos preços médios do diesel e da gasolina, seguindo os reajustes anunciados pela Petrobras no dia 15 de agosto. Por outro lado, os brasileiros que utilizaram GNV e etanol foram beneficiados com preços mais baixos nos postos.
De acordo com a pesquisa, em relação a julho, quatro dos seis combustíveis analisados apresentaram aumento nos preços médios: gasolina comum (+2,0%), gasolina aditivada (+1,3%), diesel comum (+11,0%) e diesel S-10 (+12,2%). Já os preços médios do etanol hidratado (-4,2%) e GNV (-1,6%) tiveram queda. No acumulado de 2023, a gasolina comum e aditivada apresentaram altas, enquanto os preços dos demais combustíveis, principalmente do diesel, recuaram.
Regionalmente, os maiores preços por litro da gasolina comum foram encontrados no Norte (R$ 6,176) e no Nordeste (R$ 6,013), enquanto os menores valores foram registrados no Sudeste (R$ 5,630) e no Centro-Oeste (R$ 5,703). Em termos de variação mensal, as maiores altas ocorreram nas regiões Nordeste (+3,2%) e Norte (+2,8%).
No caso do etanol, os maiores preços por litro foram encontrados nas regiões Norte (R$ 4,720) e Nordeste (R$ 4,553), enquanto os menores preços foram encontrados no Centro-Oeste (R$ 3,553) e Sudeste (R$ 3,585). As quedas mais expressivas nos preços ocorreram nas regiões Centro-Oeste (-5,3%) e Sudeste (-4,5%).
Gasolina x Etanol
Refletindo o encarecimento da gasolina e a queda nos preços do etanol em agosto, o Indicador de Custo-Benefício Flex aponta um momento favorável para a opção renovável. Tanto em média nas unidades federativas quanto nas capitais, o etanol apresentou uma vantagem em termos de custo-rendimento em relação à gasolina comum.
Com base nos dados de agosto, o preço médio do etanol correspondeu a 70,1% do valor cobrado pela mesma quantidade de gasolina comum, representando uma queda em relação ao mês anterior (73,7%) e atingindo o menor patamar desde novembro de 2018. Nas capitais, o indicador também recuou de julho (73,3%) para agosto (69,3%), chegando ao nível mais baixo desde outubro de 2018.
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