Toyota investe em elétricos na China, mas prefere híbridos no Brasil!
A Toyota, uma das principais montadoras do mundo, estará presente no Salão de Pequim, na China, expondo seus mais recentes modelos. Um dos destaques será o sedã bZ3, apelidado de “Corolla elétrico”. O evento, que ocorrerá entre os dias 27 de abril e 4 de maio, permitirá aos visitantes conhecerem de perto as inovações tecnológicas da marca.
No Brasil, a Toyota tem se destacado no segmento de sedãs médios graças à versão híbrida flex do Corolla. Essa opção tem conquistado os consumidores e se mantém no topo das vendas de veículos eletrificados. Mas por que a montadora japonesa continua investindo em híbridos flex no país, mesmo diante das vantagens dos carros elétricos?
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Os motivos por trás do investimento em híbridos flex,
Embora os carros elétricos apresentem algumas vantagens em relação aos híbridos, como menor custo de manutenção, zero emissões, menor nível de ruído e vibração, entre outros benefícios, a Toyota tem optado pelos híbridos flex no Brasil por questões técnicas, macroeconômicas e geográficas.
Em primeiro lugar, é importante destacar que o mercado brasileiro possui uma vantagem única: a disponibilidade de etanol extraído de vegetais, como a cana-de-açúcar e o milho. Esse combustível renovável gera baixos índices de emissões, inferiores aos da gasolina e do diesel.
Quando combinado com um sistema híbrido completo, que possui um motor elétrico capaz de tracionar as rodas, os resultados em termos de emissões de CO2 são ainda mais impressionantes. De fato, estudos mostram que carros flex a combustão são até 30% menos poluentes do que os veículos elétricos europeus.
Essa constatação tem levado empresas e órgãos governamentais a repensarem a produção em massa de carros elétricos, pelo menos até que sejam encontradas fontes limpas de energia em larga escala. No Brasil, felizmente, já possuímos uma matriz energética mais sustentável. Isso explica, em parte, o incentivo do novo regime automotivo Mover para a produção de híbridos flex e os bilhões de reais investidos pelas fabricantes para atender às novas normas de emissões e melhorar suas margens.
Outro fator importante é a falta de infraestrutura adequada para a instalação de carregadores elétricos em um país com mais de 9 milhões de km². Além disso, há a questão da renda dos consumidores brasileiros, que muitas vezes não podem arcar com o alto custo dos veículos elétricos em comparação aos híbridos.
Diante desses desafios e oportunidades únicas do mercado brasileiro, a Toyota continua apostando nos híbridos flex como uma solução viável e eficiente. A montadora busca equilibrar as demandas por sustentabilidade ambiental e eficiência energética com as necessidades dos consumidores e as peculiaridades do país.