Versão de produção do conceito Niagara será fabricada na Argentina
A Renault está se preparando para comemorar os 70 anos da fábrica de Santa Isabel, em Córdoba, e o presidente da Renault na Argentina, Pablo Sibilla, revelou mais detalhes sobre os planos da empresa para a planta nos próximos anos. De acordo com o executivo, a unidade receberá um importante presente: a produção da tão aguardada picape intermediária da marca.
Nos últimos anos, a Renault tem investido estrategicamente no aumento da produção nacional em sua fábrica de Santa Isabel. Como resultado desse enfoque, foi confirmado o projeto de uma picape de meia tonelada com perfil exportador, que foi anunciado no início do ano passado, afirmou Sibilla.
A picape em questão é a versão de produção do conceito Niagara, que foi apresentado em outubro do ano passado. Essa caminhonete será adicionada ao portfólio da Renault para substituir a já cansada Oroch e será sua principal arma na disputa com a Fiat Toro e Chevrolet Montana. A estrutura da picape será do tipo monobloco, assim como seus concorrentes, e ela será construída sobre a plataforma modular CMF-B, que também é utilizada no crossover Kardian.
Essa base possui uma arquitetura eletroeletrônica de última geração e é capaz de suportar veículos com comprimento entre 4 e 5 metros, além de entre-eixos que variam entre 2,60 e 3 metros. No caso específico da picape, o conceito apresentado em 2023 possui 4,90 metros de comprimento e 2,95 metros de entre-eixos. Para efeito de comparação, a Toro tem 4,91 metros de comprimento e 2,99 metros de entre-eixos, enquanto a Oroch atual mede 4,72 metros e 2,82 metros, respectivamente.
Graças à nova plataforma, a picape poderá contar com versões híbridas em seu portfólio. No conceito Niagara, a Renault indicou que equipará o protótipo com a tecnologia E-Tech Hybrid 4×4. Esse sistema possui um ajuste técnico duplo, utilizando um motor a combustão com um sistema híbrido-leve de 48 volts na frente e um motor elétrico adicional na traseira.
A produção da picape será realizada na mesma fábrica onde atualmente são produzidas as picapes médias Nissan Frontier e Renault Alaskan. No entanto, a nova caminhonete terá sua própria linha de montagem. A expectativa é que pelo menos 70% da produção sejam destinados ao Brasil, evidenciando um perfil altamente exportador.
Outro detalhe importante é que a Nissan também terá sua própria versão desse projeto. Com isso, a marca entrará pela primeira vez no segmento de picapes intermediárias. O esquema será basicamente o mesmo adotado atualmente nos modelos Frontier/Alaskan.
Esse lançamento promete movimentar o mercado de picapes no Brasil e na América Latina, oferecendo uma nova opção para os consumidores e intensificando a concorrência nesse segmento tão disputado. A Renault e a Nissan estão apostando alto nesse projeto, trazendo inovação e tecnologia para conquistar os consumidores em busca de uma picape intermediária moderna e eficiente.